O que fazer em Araraquara: conheça lugares para curtir a cidade

Araraquara é a 27ª maior cidade de São Paulo em população e é segundo o IBGE a capital regional imediata de 16 municípios ao seu redor, muitos deles antigos de seus distritos como Américo Brasiliense (com o qual é conurbado), Gavião Peixoto, Santa Lúcia, Rincão e Motuca, além de cidades maiores como Matão, Ibitinga e Tabatinga, totalizando mais de meio milhão de habitantes. 

A cidade possui mais de 500 indústrias instaladas, tendo destaque a Cutrale, maior empresa produtora de suco de laranja do mundo, e a Lupo, mais tradicional fábrica de meias do Brasil, que hoje possui linha diversificada de roupas. 

É uma das sede da Unesp, com cursos nas três grandes áreas do conhecimento, além da Uniara, com mais de 30 cursos de graduação e diversos de pós-graduação, assim como uma grande unidade da UNIP, além da Fatec, do IFSP e do Instituto Logatti de Engenharia. 

Também possui dois shopping-centers (Jaraguá e Lupo) e um comércio muito forte, que atende não só o próprio município como também a região. 

Muito do progresso de Araraquara se deve à Estrada de Ferro Araraquarense, uma das grandes empresas ferroviárias paulistas do século XIX. 

Hoje o município é um entroncamento das ferrovias paulistas, e até hoje influencia a cultura da cidade, inclusive nomeando o time de futebol local (Associação Ferroviária de Esportes) e o de rugby (Locomotiva Rugby Clube).

Por diversos motivos, a cidade de Araraquara possui uma forte influência na cultura do país. 

Macunaíma foi escrito por Mario de Andrade em uma chácara da cidade (que hoje abriga um centro cultural), além de ser o berço de Ignácio de Loyola Brandão, Ruth Cardoso, José Celso Martinez Correa, Herbert Richers, Ado Malagoli, entre outros vultos das ciências humanas no Brasil.

O que fazer em Araraquara? 

Gastronomia

O mais famoso prato araraquarense hoje não está em sua sede, mas no distrito de Bueno de Andrada, as coxinhas douradas. 

O prato já era famoso na cidade, servido no bar do Freitas, e após uma crônica de Ignácio de Loyola Brandão no Estadão a fama se tornou internacional. 

O Bar do Freitas se expandiu e levou a todo o distrito a se empenhar na gastronomia, inclusive com uma concorrente nas coxinhas, a Dona Nita ex-funcionária do bar, além de outros estabelecimentos. 

Todos os finais de semana o distrito fica lotado de pessoas de Araraquara e região, além de ser o ponto de encontro de ciclistas e motociclistas que fazem uma parada na localidade que fica no entroncamento entre Araraquara, Matão e Motuca.

A cidade também abriga diversos restaurantes famosos, como o Cidinho, na Vila Xavier, que serve famosas e generosas porções de filés (parmegiana, milanesa, cubana ou à moda da casa, entre outros). 

Ao longo da Washington Luiz, existe ainda o Ton’s, com especialidade em parmegiana, e os restaurantes com churrascaria dos postos ao longo da Rodovia: Pau Seco, Morada do Sol, Bambina e Kambuí. 

Na cidade, outros restaurantes de destaque são Quintal do Carmo, Barba, Tijuca, Guga, entre vários outros.

Graças à grande imigração árabe da cidade, muitos restaurantes dessa culinária também são encontrados na cidade, como o  Esquina Árabe (com filial no Jaraguá), Vovô Salim e Kibelanche.

Para quem gosta de comida caipira, também há diversos restaurantes rurais como o Jeca Tatu, Cedro do Lìbano e o Show de Bola, todos na zona rural.

Ah, também não podemos esquecer do Bar e Restaurante Vitório, com uma culinária refinada para pessoas exigentes!

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Esportes

Araraquara possui tradição em vários esportes coletivos. De todos, a equipe que mais se destaca é a Associação Ferroviária de Esportes, equipe de futebol fundada em 1950 e que está na Série A-1 do futebol paulista, tri-campeã do Paulista do Interior e da Série A-2 e Bi-Campeã da Copa Paulista. 

Seu tradicional estádio Ademar de Barros, a “Fonte Luminosa” foi remodelado na década passada dando lugar à Arena da Fonte, o mais moderno estádio do interior paulista com capacidade para 25 mil pessoas.

No entorno da Arena há campos de futebol, pista de skate e quadra poliesportiva. E dentro do complexo ainda há a Piscina Municipal. E bem ao lado, o Ginásio Castelo Branco, o Gigantão, que abrigou os tradicionais times de basquete e voleibol da cidade.

Há ainda o Parque Pinheirinho, com campos de futebol, rugby, beisebol, kartódromo, pista de bicicross, lago, pista de corrida e o Jardim Botânico, com estádio, área de lazer e pista de corrida. 

Na Avenida 36, há ainda a Pista de Atletismo Armando Garllippe.

Várias praças da cidade, como a do Parque Infantil e a Praça dos Advogados possuem pistas de corrida e caminhada.

Se São Paulo possui a São Silvestre, Araraquara todo dia 31 de dezembro conta com a Corrida de Santo Onofre. No 31 de dezembro de 1979 a partir do Bar do Zinho, localizado na Rua Gonçalves Dias esquina com Avenida Cristovão Colombo, no Centro, Daniel Marques Rodrigues, o Zinho fez uma aposta com Adail Pinto Mendes, Osvaldo Peixoto (Bahia) e Dano de Lima, de quem chegava primeiro em uma corrida em volta do quarteirão do bar. 

Com o passar do tempo a corrida foi ficando séria e em sua última edição, em 2019 o percurso foi de 7,5 km. Em 2020 ela foi cancelada devido à pandemia, mas a expectativa é que em 2021 ela volte com força e vigor.

Bares e baladas

As opções de final de semana ou noturnas acompanham a composição heterogênea da população. 

Próximos às universidades estão inúmeros botecos que são frequentados pelos jovens da cidade, sejam universitários ou não, para tomar cerveja, comer uma porção e conviver. 

Mais para o Centro, além de choperias e bares mais sofisticados, diversas casas oferecem as mais variadas opções de música aliada à balada: rock’n roll, samba e pagode, música brasileira, jazz e blues, música sertaneja, eletrônico. 

No eixo formado pela Napoleão Selmi Dei e Avenida dos Expedicionários, a famosa 36, há opções para todos os gostos, desde o Jardim Botânico até as proximidades do Jaraguá. Bares, lanchonetes, pizzarias, food trucks (desde os mais roots aos mais sofisticados).

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Festas e eventos tradicionais 

Os araraquarenses não vêem a hora da pandemia acabar para que as tradicionais festas da cidade adiadas ou canceladas entre 2020 e 2021 voltem a ser realizadas. 

Semanalmente a Fonte Luminosa abrigava o Choro das Águas e toda última sexta-feira do mês havia (e haverá) o Cultura no Samba no Palacete Esplanada das Rosas, na Rua São Bento. 

Outros eventos anuais da cidade são esperados como a Feira como a Feira Agro Comercial e Industrial da Região de Araraquara (FACIRA), a Encenação da Paixão de Cristo na Arena da Fonte,, a o Festival de Teatro Semana “Luiz Antônio Martinez Correa”, o Araraquara Rock, o Centenário Baile do Carmo que surgiu de festa em louvor a Nossa Senhora do Carmo em 1887 e hoje é um símbolo da comunidade negra, o Tanabata Matsuri – Encontro Com As Estrelas pelas comunidades japonesas, a Seresta a Caminho do Sol. 

O Distrito de Bueno de Andrada também recebe anualmente os visitantes para o Festival do Pastel e do Caldo de Cana e Delícias do Milho.

Pontos Turísticos

Araraquara conta com uma dezena de museus para todos os gostos, com alguns destaques. O Museu Ferroviário, na antiga Estação, conta a história da ferrovia da cidade, tão determinante para o progresso do município e da região. 

Já na esquina das Avenidas Voluntários da Pátria com Portugal fica o Museu de Arqueologia e Paleontologia reúne um acervo de achados da história natural do município. 

Na Praça Pedro de Toledo há o Museu Histórico e Pedagógico “Voluntários da Pátria”, cujo nome homenageia os araraquarenses que lutaram na Guerra do Paraguai, e que abriga diversos ítens da história da cidade. 

Outro museu de destaque fica na Arena da Fonte, o Museus do Futebol e do Esporte de Araraquara, onde são contadas as histórias dos atletas e equipes da cidade.

Um outro ponto turístico da cidade que merece destaque é  a Chácara Sapucaia. Situada no Carmo, com 13 mil m2 e repleta de árvores centenárias abriga o Centro Cultural Professor Waldemar Saffioti (CCPWS), sob a guarda da Unesp, e é onde o escritor Mário de Andrade escreveu Macunaíma, a obra-prima do modernismo brasileiro. 

A casa foi a moradia do casal de professores Waldemar e Heleieth Saffioti,  e foi doada à universidade em 2001 com a condição de que fosse transformada em centro cultural. Na doação, Heleieth incluiu o arquivo pessoal do marido. Com documentos acadêmicos, científicos e políticos, fotos, revistas, teses, artigos e recortes de jornais a partir dos anos 20, que ilustram a evolução da ciência na região de Araraquara.

Por falar em Mário de Andrade, o escritor ainda batiza a Biblioteca Municipal, a qual ele incentivou e trabalhou em prol de sua abertura, inaugurada em 1943. Em 1945, meses após o falecimento, a Biblioteca ganhou o nome de seu idealizador. Localizada na Rua Carlos Gomes, 1729, no Centro, possui três pavimentos com 2800 m² de área construída.

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